segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bruxa solta no Figueira


81 jogos sem uma mísera vitória.

Última colocação absoluta no Campeonato Brasileiro da Série B.

Não adiantou o bastão passar de P.C Gusmão para Roberto Fernandes.

O Figueirense de Clodoaldo é a maior decepção do País.

De Clodoaldo, não.

Além de não estar justificando a sua caríssima contratação em campo, o atacante está contundido.

A derrota para hoje foi para o Brasiliense.

Uma time, como definiu o novo treinador, Antônio Lopes, não é nenhuma Brastemp.

Longe disso.

O tradicional alvinegro catarinense está vendo velhas almas penadas conhecidas.

Rebaixamento não é novidade para o clube que suportou até a Terceira Divisão.

No campo subiram da Terceira Divisão para a Segunda.

Daí, uma vergonhosa virada de mesa e a Série A.

A crise no Orlando Scarpelli beira o insuportável.

E atinge até quem a corajosa patrocinadora.

Já há um questionamento nacional se vale a pena a Taschibra ter sua imagem atrelada ao Figueira.

Há muita gente importante na empresa especializada em produtos de iluminação natalinos uma insanidade continuar no futebol.

E entre os conselheiros, há a vontade de buscar um patrocinador que não queira mandar no time.

O desgaste entre os dirigentes se reflete no jogadores.

A sensação de duplo comando tira o compromisso dos atletas.

Roberto Fernandes já acumula um empate e três derrotas.

Os jogadores estão inseguros.

Torcidas uniformizadas prometem pressionar a equipe.

Não há dinheiro para grandes contratações.

Pelo contrário.

Se houver a possibilidade de sair, gente pesada quer ir embora.

Só não vai assumir publicamente.

Clodoaldo é o primeiro da fila.

Ele voltou ao Brasil acreditando no projeto de 'supertime' para ganhar o Brasileiro, disputar a Libertadores.

E, lógico, recolocá-lo no Coringão.

Ele já percebeu o clima no Figueirense.

Se o time não for rebaixado, já estará mais do que no lucro.

E não é só Clodoaldo que deseja sair.

O clube e a investidora não farão esforço para segurar ninguém.

Muito pelo contrário, até.

Ou seja, as perspectivas não são nada boas.

Essa é a radiografia do lanterna e desesperado Figueirense.